Bitcoin cai para US$ 114 mil e testa suporte em consolidação
Nesta segunda-feira, dia 18, o preço do Bitcoin deu uma caída e chegou a US$ 114 mil, com uma queda de mais de 3%. Isso deixou muitos traders surpresos, já que muitos esperavam uma alta para o ativo.
De acordo com análises da Bitfinex e da CryptoQuant, é improvável que o Bitcoin fuja muito dessa faixa, especialmente abaixo de US$ 112 mil. Por outro lado, mesmo que o cenário seja positivo, a subida para US$ 125 mil pode enfrentar dificuldades. A Bitfinex observa que o mercado está bem sensível a fatores macroeconômicos e que o BTC está se firmando entre seu pico histórico e os níveis inferiores locais.
Enquanto isso, até que novos fatores possam influenciar o mercado, como ajustes nas políticas do Federal Reserve ou um aumento nos investimentos em ETFs, a expectativa é de que os preços do Bitcoin oscilem entre US$ 114 mil e US$ 120 mil. Isso indica um período de acomodação, mais do que uma fraqueza real.
A Luta das Altcoins
Em meio a esse cenário, as altcoins estão ganhando espaço, com destaque para o Ethereum. O preço do Ethereum saltou de US$ 1.386 em abril para US$ 4.783 na última semana, quase alcançando seu pico de US$ 4.864 de 2021. Esse desempenho abriu espaço para investimentos em ativos de maior risco. No entanto, essa mudança também leva a uma diminuição do domínio do Bitcoin, que caiu de 65% para 59% nos últimos dois meses.
Esse movimento pode apontar um apetite crescente do mercado por especulação. Contudo, essa oscilação pode fragilizar o mercado de altcoins, pois os ralis costumam ser rápidos e sem um fluxo constante de investimentos. As criptomoedas com maior capitalização continuam a atrair o interesse institucional, deixando as demais em um ponto crítico.
Níveis de Vigilância
Alex Adler Jr, analista da CryptoQuant, também observa que o cenário atual apresenta uma consolidação semelhante. Ele destaca que o momento que a moeda vive atualmente caiu de 0% para -0,9%. Essa mudança indica que a força de alta está perdendo ímpeto e o mercado pode estar se movendo para uma fase de correção.
Segundo Adler, a recuperação do momento de alta precisará de um aumento de 5-8%, preferivelmente acima de 10%, para mostrar que os compradores estão retomando o controle. O Bitcoin tem estado nos limites superiores do intervalo histórico, mas sem uma tendência clara para frente.
Índice de Saúde do Mercado de Bitcoin
O Índice Diário de Saúde do Mercado de Bitcoin, chamado de DMHI, também é um ponto de atenção. Esse índice mede a “saúde” do mercado em uma escala de 0 a 100, misturando fatores como rentabilidade e demanda. Um DMHI alto é um indicativo de que o mercado está em uma fase fundamental saudável.
Atualmente, com o Bitcoin cotado a US$ 117 mil e DMHI em 52%, a situação é considerada saudável, mas sem sinais de superaquecimento. Isso mostra que o mercado é estável, mas ainda possui “reservas de tração” limitadas.
Indicador de Aversão ao Risco
Outro indicador importante é o Índice de Aversão ao Risco do Bitcoin, que avalia o nível de estresse do mercado. Num contexto onde o índice está em 36, isso sugere uma cautela moderada. O mercado pode estar propenso a oscilações e retrações.
Suporte e Resistência
Considerando todo esse cenário, Adler identifica que o suporte do Bitcoin está entre US$ 117 e US$ 116 mil, enquanto a resistência se encontra entre US$ 120 e US$ 123 mil. Um fechamento acima de US$ 123 mil pode abrir caminho para valores entre US$ 125 e US$ 127 mil. Porém, se o preço cair e fechar abaixo de US$ 116 mil, o risco de desvalorização para US$ 115-112 mil aumenta.
Os principais eventos a se acompanhar na semana incluem o discurso de Powell em Jackson Hole e dados relevantes do Federal Reserve. As fluctuacões no mercado requerem atenção e um olhar atento para a evolução da saúde do setor, pois podemos estar diante de mudanças importantes.